A terra inabitável - Resenha crítica - David Wallace-Wells
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A terra inabitável - resenha crítica

A terra inabitável Resenha crítica Inicie seu teste gratuito
Ciência

Este microbook é uma resenha crítica da obra: The Uninhabitable Earth

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 978-8535932393

Editora: Companhia das Letras

Resenha crítica

Cascatas

Os efeitos do aquecimento global são muito piores do que você imagina. E acreditar que a mudança climática é lenta não passa de ilusão. Pior é negar esse processo catastrófico. 

Outras ilusões conhecidas são a de que o aquecimento global se desenrola em lugares remotos, só vai gerar o aumento do nível do mar ou é um processo natural sem impactos econômicos. Não caia nessas cascatas. 

Cascatas, aliás, é a forma como os climatologistas chamam as crises que fazem da mudança climática um multiplicador de ameaças. Seus efeitos atravessam muitos aspectos da vivência num planeta cada vez mais hostil. 

A rapidez da mudança

O planeta passou por cinco extinções em massa antes da que presenciamos. Todas foram recomeços da evolução. Na primeira delas, 86% de todas as espécies existentes morreram. Isso há 450 milhões de anos.

Depois de 70 milhões de anos, 75% das espécies foram extintas. Passam 100 milhões de anos e morrem 96% dos seres vivos. Mais 50 milhões de anos e 80% dos seres vivos morrem. Na quinta extinção, 75% das espécies sucumbem, depois de 150 milhões de anos da extinção anterior.

É importante ressaltar que apenas o desaparecimento dos dinossauros não se deu por gases de efeito estufa. Em uma das extinções, há 250 milhões de anos, o carbono aqueceu o planeta em cinco graus e acelerou um processo mortal que quase eliminou toda forma de vida na Terra. 

Calor letal

Como mamíferos, somos máquinas térmicas. Para sobreviver, precisamos nos resfriar de maneira contínua. É por isso que a temperatura precisa estar baixa o suficiente para o ar refrigerar o corpo. 

Se a temperatura média do planeta subir sete graus, será impossível ter a refrigeração necessária na região equatorial do planeta. Caso a elevação chegue a 11 ou 12 graus, mais da metade da população mundial sofrerá consequências mortais. E se subirmos entre cinco e seis graus, partes inteiras do planeta não comportariam a vida humana. 

Ainda estamos longe de subir a este nível, mas se nada mudar...

Fome

Para cada grau de aquecimento da temperatura média do planeta, a produção de alimentos diminui em média 10%. Com cinco graus de temperatura média maior, conforme a projeção para o fim do século, a produção de alimentos cai pela metade. 

Considere agora que as projeções indicam um aumento de 50% da população mundial. Quer mais? Para cada quilo de carne de hambúrguer, precisamos de 3,6 quilos de cereais. 

Deu para entender o quanto a coisa é séria?

Afogamento

É certo que o nível do mar vai se tornar mortífero. Sem reduzir a emissão de gases poluentes na atmosfera, é possível que a elevação passe de um metro. Esse número pode chegar a dobrar no fim do século, mesmo que uma mudança radical faça o aumento da temperatura média ser de dois graus. 

Pense nos lugares inundados e na perda das condições de habitação com esses números assustadores. 

Incêndios florestais

Outra consequência nefasta do aquecimento global são os incêndios florestais. Em 2017, por exemplo, o incêndio Thomas foi o pior do outono na Califórnia e destruiu 50 mil acres em poucos dias, queimando 1100 quilômetros quadrados. 

100 mil moradores precisaram sair de suas casas. O detalhe é que aconteceu no período que deveria ser o do começo da temporada de chuvas na região. Já está acontecendo!

Esgotamento de água doce e morte dos oceanos

Você aprendeu na escola que 75% do planeta é composto por água. Desse total, cerca de 2% é água doce e 1% é acessível para o consumo humano. O restante está nas geleiras. E a hidratação não é o único momento em que precisamos de água.

No mundo, entre 70% e 80% da água doce é usada para produção de alimentos e agricultura. A indústria usa entre 10% e 20%. Se hoje somos sete bilhões de pessoas no planeta, até o fim do século devemos passar de nove bilhões. Não vai ter água para todo mundo. 

Costumamos pensar que o oceano está longe. Mas o oceano é cada um de nós. É o ambiente predominante no planeta. Ele nos alimenta e ajuda no ciclo das estações. Já acontecem migrações de peixes para fugir das mudanças de temperatura nas águas. O impacto humano na vida marinha chegou ao ponto de termos apenas 13% dos oceanos ilesos da intervenção humana. 

Ar irrespirável

Respire fundo, já passamos da metade deste microbook. Os pulmões precisam de oxigênio, mas ele é uma parcela do ar que respiramos, muito abundante no ar. Mesmo assim, a poluição causa sofrimento. Com o carbono a 930 partes por milhão, a capacidade cognitiva cai em 21%. Mas calma, isso é o dobro do patamar atual, já de bastante poluição. 

Em ambientes fechados, o carbono se acumula mais. Entende porque você se sente melhor caminhando ao ar livre do que ficando enfurnado dentro de casa? Pois bem. Sem diminuir a poluição atmosférica, os problemas respiratórios, já em alta, podem atingir um ponto irreversível. 

Pragas do aquecimento

Você sabia que existem pragas presas às rochas e ao gelo ártico que não circulam no planeta há milhões de anos? E que com o derretimento das calotas polares elas podem voltar a circular por aí?

Colapso econômico

Não pense que a economia está livre dos efeitos do aquecimento global. As crises de 1929 e 2008 podem sim, se repetir, caso não se repense o uso do que já é chamado de capitalismo fóssil, usando fontes de energia não-renováveis. Porque quando elas se esgotarem, de onde serão tiradas as fontes de energia?

Conflitos climáticos

E se o mundo já não é tão conhecido por ser pacífico, com tantas guerras rolando de tempos em tempos, como será o futuro? Não é que a mudança climática gera guerras, mas aumenta sua probabilidade. Na busca por poder e energia, você tem dúvidas de mais conflitos?

Narrativas

Ninguém se orgulha por anunciar o fim do mundo como o conhecemos. Os filmes são apocalípticos e mostram possíveis efeitos da terra cada vez mais inabitável. Mesmo assim, o alerta dos cientistas causa barulho e revolta, como se tudo o que eles dizem fosse uma torcida, não um prognóstico. O perigo do aquecimento global é real e já traz consequências para todos no planeta. 

Tecnologia e consumo

É a tecnologia que vai nos salvar. Isso quando usada em prol do planeta, não como forma de apenas alimentar o consumo. Há quem acuse ambientalistas liberais de hipocrisia, por comerem carne, andarem de avião e outros costumes longe de serem livres de carbono. 

Só uma política significativa de mudanças pode salvar a Terra, não apenas a atitudes individuais e pontuais. 

Depois do progresso

O Ocidente moderno sobrevive acreditando que a história se move numa única direção. Ainda que genocídios e guerras se interponham no caminho e muita gente morra ou seja deixada para trás, a crença de um avanço constante é um sinal de nossa civilização. 

Com ela, o progresso foi alçado num altar, usado como mantra a ser seguido. Assim, chegamos ao colapso iminente. Até quando seguiremos essa rota? Quando acordaremos? 

Notas finais 

O aquecimento global e as mudanças climáticas não são uma crença, mas uma realidade. E daquelas que envolvem todos nós, ninguém está livre dos efeitos nocivos de agora e dos próximos anos. Se não queremos uma terra inabitável, precisamos agir, pressionar, mudar a política e os atores que mantêm tudo como está. Vamos nos conscientizar agora?

Dica do 12’

É a ciência que nos traz soluções para o futuro e também nos ajuda a entender como as coisas funcionam. Ouvir o microbook Sete breves lições de física vai te ajudar a entender melhor regrinhas básicas para entender nosso tão maltratadoplaneta, o espaço e outros territórios. 

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Quem escreveu o livro?

A reportagem foi escrita por David Wallace-Wells, um jornalista especializado em cl... (Leia mais)

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